segunda-feira, dezembro 13, 2010
quinta-feira, dezembro 02, 2010
Esmeralda, obrigada
Obrigada sou a sentir saudade
Agradecida vivo e te mantenho viva
Esmeralda, obrigada.
quarta-feira, dezembro 01, 2010
terça-feira, novembro 30, 2010
sexta-feira, novembro 26, 2010
Defina qualidade de vida
Fiquei um tempo considerável nos 3 lugares, portanto posso falar com propriedade sobre cada um.
Catanduva é minha cidade natal, lugar em que está toda a história da minha família. É onde existe uma rua com o nome do meu avô.
Foi em Catanduva que vivi toda a minha infância, grande parte da adolescência e era para lá que eu almejava voltar em todo feriado, quando morava fora.
É por isso que eu posso afirmar para você que Catanduva é a definição de uma cidade retrógrada.
Segundo o dicionário, retrógrado é tudo aquilo que anda pra trás, que se opõe ao progresso; aquele que é aferrado à rotina ou às idéias antigas, e portanto inimigo do progresso.
Catanduva é isso. A cidade parece ter parado no tempo, você vive como coadjuvante de um filme que está se passando em 1920.
O Rio de Janeiro é outra história, obviamente sem comparação com Catanduva.
A cidade esbanja tanta beleza que te deixa zonzo.
E tem também um detalhe que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo: o carioca. Todo carioca é um melhor amigo em potencial. E um malandro também.
Quando você mora no Rio de Janeiro, você aprende o verdadeiro espírito do brasileiro, você acaba tendo certeza de que com amigos, esperteza e jeitinho você consegue o que quiser.
São Paulo é a materialização do caos.
É a terra das oportunidades para qualquer um, é onde você consegue o que quiser com amigos, vontade/determinação e paciência.
É em São Paulo que acontece o encontro entre paulistas, mineiros, baianos e toda massa trabalhadora, que move o país.
São Paulo é sinônimo de trabalho, é para isso que a cidade existe e é por isso que o ritmo de lá é assim.
Não é a toa que existe a máxima que diz que paulista trabalha, carioca aproveita e baiano descansa.
Uma vez em São Paulo, ou você entende e acompanha a marcha, ou cai fora.
Foi em São Paulo que eu me formei e comecei a trabalhar. E veja você, que ironia, foi em São Paulo que eu aprendi o que é qualidade de vida.
Qualidade de vida, ao contrário do que é dito, está mais ligada ao alcance e ao tamanho dos seus sonhos, do que ao número de horas que você passa no trânsito.
A qualidade de vida não está no interior para todo mundo, alguns a enxergam em meio ao caos e pirariam vivendo um mês na pasmaceira do interior. Outros não sonham tão grande, a ponto de se sacrificarem na confusão. Para esses a qualidade de vida está na tranquilidade das pequenas cidades.
Para mim qualidade de vida é sentir-se útil e bem explorada pela cidade, é saber que você faz parte de um todo que cresce diariamente. Qualidade de vida sem ambição para mim não serve.
Uma vida com qualidade é aquela em que você não só alcança seus objetivos, como também amplia seus horizontes e passa a ter sonhos maiores progressivamente.
É por isso que estou de mudança para o 4º destino.
E até me encontrar, vou fazendo assim... aprendendo com o desencontro.
terça-feira, novembro 23, 2010
quinta-feira, novembro 18, 2010
Já vi nesses 29 anos [parte III]
Já estamos quase em 2011, tempo de atualizar:
Os mineiros do Chile saindo do buraco.
A Gisele Bundchen parir.
O dinheiro do Sílvio Santos indo pro saco.
Meu irmão como ele é de fato.
Uma mulher presidente do Brasil.
São Paulo fazer falta.
O Laerte vestido de mulher.
O Restart estourar.
O Rio virar sede das Olimpiadas.
Uma amiga engravidar.
Outra presenciar o terremoto do Chile.
Um sonho mudar.
(continua)
terça-feira, novembro 16, 2010
sexta-feira, novembro 12, 2010
Caminhos me levem
Caminhos me levem
Para onde tenha progresso
Para onde tudo é regresso
Para onde brilha o sucesso
Caminhos me levem
Para um lugar não tão devagar
A ponto de se acomodar
Nem tão longe do mar
A ponto de não alcançar
Caminhos me levem
Para um lugar agitado
A ponto de estafar
Mas nem tão atordoado
A ponto de não aguentar
Caminhos me levem
Para onde é meu lugar
domingo, outubro 24, 2010
sexta-feira, outubro 22, 2010
segunda-feira, outubro 11, 2010
sábado, outubro 09, 2010
sexta-feira, outubro 08, 2010
Amar São Paulo
Tá, não é bem de São Paulo, mas da mentalidade dos moradores de São Paulo.
Em São Paulo você não fica na inércia.
Sabe por quê? Porque não dá tempo.
Uma vez em São Paulo, ou você se adapta ao tempo que as coisas acontecem ou cai fora.
Ou você se apressa e dá conta do recado, ou dão conta por você. Assim, rapidinho.
E uma pessoa que não aceita trabalhar até depois do horário em troca de pizza, definitivamente não vai durar muito tempo em São Paulo.
Pelo simples fato de que nesta terra, aceitar trabalhar até depois do horário é lei. Já virou praxe.
E quem não aceita essa condição é o esquisito, o mal visto, o arrogante que se considera superior aos outros funcionários, que não só aceitam, como trabalham numa boa gratuitamente, inclusive até se divertindo.
São Paulo é uma cidade muito louca.
E para sobreviver nessa loucura, você tem que estar na pegada de um ensandecido.
Você tem que estar disposto a participar de reuniões imensas e cretinas para discutir o nada, você tem que engolir asnos na equipe sem nem questionar o motivo de estarem ali.
Resumindo, em uma comparação bem idiota: você tem que mergulhar no rio e nadar na correnteza, de preferência com braçadas rápidas e longas.
Nada de escapulir em uma pedrinha aqui, para pensar se está no caminho certo, nem tentar avistar um barquinho lá, para adquirir novos horizontes.
Eu não aguentei o tranco.
Pode ser que um dia aguente ou pode ser que eu realmente não tenha nascido para aguentar.
O fato é que sair de São Paulo foi a opção que eu escolhi.
Mas isso não significa que eu não ame essa cidade paranoica que, dentre outras coisas, nos oferece Carlos Drummond de Andrade assim, escancarado em uma placa de mais de 10 metros, despercebida, ali, entre a multidão apressada em uma estação de metrô.
AMAR
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, outubro 06, 2010
segunda-feira, outubro 04, 2010
sexta-feira, outubro 01, 2010
Construção - pela ótica de um publicitário
Esse post é mais um da série eu-gostaria-de-ter-escrito. Mas não fui eu, quem escreveu foi Fellipe Figueiroa. Aplausos!
Criou daquela vez como se fosse a última.
Fez cada job seu como se fosse o único.
Pensou o dia inteiro e ficou o máximo.
Mandou pro atendimento num e-mail tímido.
Teve que refazer como se fosse máquina.
A campanha reprovada com argumentos sórdidos.
Criou mais uma vez outros roteiros mágicos.
Esperou aprovação como se fosse lógico.
O cliente não gostou e aconteceu o trágico:
pediu pra refazer como se fosse um príncipe.
Tentou reagir mas se sentiu estático.
Pensou mais uma vez no concurso público.
E virou a noite inteira parecendo um bêbado.
Comeu pizza de novo e ficou mais flácido.
Bebeu a noite inteira cafezinhos básicos.
Saiu de manhazinha se sentindo estúpido.
E ainda teve que voltar pra terminar no sábado.
Quanto vale?
Mais que meio quilo?
Quanto vale o seu amor?
Menos que mil reais?
Qual o peso do seu remorso?
Mais que vinte quilos?
Quanto vale o seu orgulho?
Menos que cinco reais?
sábado, setembro 25, 2010
sexta-feira, setembro 24, 2010
Será que?
segunda-feira, setembro 20, 2010
domingo, setembro 19, 2010
O céu mudou de cor. Verde Esmeralda
Com o tempo vira um sentimento que nem sempre aflora, mas que fica na memória e depois vira um sofrimento que corrói tudo por dentro, que penetra no organismo, devora. Mas depois também melhora”.
Não tem mais o cheiro de café forte. Não tem mais domingo na casa da vovó.
Não tenho mais seu carinho e amor incondicionais.
Dizem que ser vó é ser mãe com açúcar, é ser mãe duas vezes. Perdi minha mãe com açúcar, minha segunda mãe, que em muitos momentos foi primeira, foi única. Única a acreditar na família como base forte para momentos difíceis, única a sorrir quando muitos choraram e a chorar enquanto alguns sorriram. Única em cada gesto, em cada exemplo. Única em atos altruístas, sinceros, morais.
Mulher de fibra, resistente como rocha, preciosa como seu próprio nome prova. Pequena por fora, enorme por dentro. Ainda me lembro de nossas longas conversas na sacada e o gosto do seu café ainda sinto em minha boca. Lembro de você dançando, sorrindo e sendo você em cada momento da minha vida. Dos melhores, você fez parte. Talvez foram os melhores porque você estava lá, fazendo de cada momento um momento especial. A você eu devo muita coisa. Coisas que hoje fazem de mim o que sou.
Sou eu graças a você. E de certa forma, sou você. Sou você assim, longe de mim, mas sempre no meu coração. Lembro de você por várias vezes tentando entender o que faz um redator publicitário. Embora eu sempre explicasse que crio peças, campanhas e escrevo roteiros para comerciais e ações de marketing, você sempre perguntava: “mas não teria sido melhor se você tivesse feito medicina, como sua mãe, ou direito, como seu avô?” Mesmo que você não entendesse direito a minha profissão, o meu ofício, essa foi a única maneira que eu – como redator – encontrei para homenagear você. Um texto.
Um texto sobre sentimento, agradecimento. Nos falamos por telefone naquela noite e você me disse que estava tudo bem.
Se soubesse que aquela seria nossa última conversa, teria feito diferente. Teria falado com você pessoalmente. Teria falado coisas que você já sabia, mas repetiria uma por uma, tudo de novo.
Faltou eu dizer mais uma vez: eu te amo. Faltou meu beijo, meu abraço.
Faltou meu muito obrigado. Você simplesmente saiu de cena antes mesmo da cortina se fechar. O espetáculo, que é você, acabou. E como em todo final de um bom espetáculo, ficam os aplausos daqueles que tiveram o privilégio de assistir você, em cadeira cativa. A você devo o início, boa parte do fim e todo o meio. Obrigado por tudo minha vó. Minha eterna Esmeralda, minha pedra preciosa de mais de 80 quilos. Vá preparando aquele café forte que eu tanto gosto. Um dia desses a gente se vê.
Erick Cypriano – texto em homenagem a Esmeralda G. Gonçalves de Oliveira
sexta-feira, setembro 17, 2010
quarta-feira, setembro 15, 2010
Expressões added - Fazer a egípcia e Fazer a barbie na caixa
Com quase 30 anos ainda não sei por qual razão eu tenho um imã interno que atrai meus queridinhos, mas a verdade é que eu conheço mais de 35 e amo 3.
Vivo aprendendo várias coisas com todos eles, em especial expressões rebuscadas e muito pheenas.
Por isso inventei os posts Expressões added, um espaço para eu depositar toda essa sintaxe colorida... aloka!
E para inaugurar em grande estilo, conheçam as 2 novas expressões que vão tornar o seu vocabulário muito mais a-ha-za-dor, gata garota:
Fazer a egípcia: fingir indiferença com uma cara enigmática, fazer-se de desentendido(a), fazer que não viu, mas viu tudo.
A famosa cara de paisagem.
Algo nessa linha <-----
Fazer a barbie na caixa: é uma expressão ligada à surpresa....
É ficar estarrecido(a) com determinado acontecimento, ficar passado(a) com alguma coisa, mas sem nunca perder o sorriso no rosto.
Algo nessa linha ----->
sexta-feira, setembro 10, 2010
quinta-feira, setembro 09, 2010
Para Mário Chamie
Faça seu verso ser livre,
Preste atenção na natureza das coisas,
Saiba que Mário de Andrade também bebia,
Escolha entre concretizar ou modernizar,
Reforce o coloquial,
Dê mais ênfase ao lírico,
Conheça gírias,
Não esqueça da prosa,
Nem da poesia,
Dê valor ao que é prático,
Seja práxis.
sexta-feira, setembro 03, 2010
quinta-feira, setembro 02, 2010
Segue o seco
terça-feira, agosto 31, 2010
domingo, agosto 29, 2010
The old man with pale blues eyes
To your kids that will grow?
Listen to this little girl
That some way made herself strong
You always have been lost
With the answers that insists
Showing you a diamond that you ignored
All your life you had those eyes
That shines clear but never brights
Você pode até não gostar dos Beatles
segunda-feira, agosto 16, 2010
Um sonho dentro de um sonho
Que espécie de realidade é sonhar?
Que tipo de morte é dormir?
Quando você sonha que morre, você acorda? Por que?
Andei pensando bastante sobre isso e a resposta mais aceitável foi que uma pessoa só consegue sonhar com fatos e acontecimentos que ela já viveu, ou seja, a morte não está em seu repertório, portanto fica impossível criar a continuação do sonho.
Errado.
Se é um sonho, é possível criar qualquer continuação, por mais que esta não esteja em seu repertório pessoal, afinal, você já cansou de pensar a respeito da morte e discutí-la, ou ao menos viu um filme ou novela com o tema e sabe que conseguiria criar qualquer roteiro sobre isto.
É tudo muito intrigante quando se fala em sono, em sonhos.
A realidade é que no meu sonho, minha avó até hoje está viva.
sábado, agosto 14, 2010
terça-feira, agosto 10, 2010
Feliz Dia dos Pais
Eu parei há algum tempo de falar com o meu.
Ele me calou com atitudes que não são dignas de um pai.
Para mim, pai tem que ser um super-heroi com a cueca por baixo da roupa.
Feliz Dia dos Pais para todos que merecem ser chamados assim.
sábado, julho 24, 2010
domingo, julho 18, 2010
Sorry, Dylan
É como "estar por sua conta, sem um lar.
segunda-feira, março 15, 2010
Mudar
1 Deslocar, dispor de outro modo, remover para outro lugar
2 Desviar: mudar a rota, o itinerário.
3 Instalar(-se), transferir(-se) para outro prédio, local ou cidade.
4 Alterar-se, tornar-se diferente, física ou moralmente.
5 Tomar outra forma, mudar de aspecto.
6 Tomar outra direção, cambiar, trocar, variar, apresentar sob outro aspecto.
7 Converter, transformar, sofrer alteração, modificação.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Extremos
Como é possível entender a emoção?
Se é preciso estar para ver
Como é possível imaginar?
Se é preciso pensar no abstrato
Como é possível alcançar a lógica?
Se é preciso provar para opinar
Como é possível negar o desconhecido?
Se é preciso gostar para repetir
Como é possível insistir em desamor?
Se é preciso acreditar para viver
Como é possível não perder a fé?
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Mais um para ela
Outro fevereiro, um novo dezenove
Noves fora
Conversa vem, conversa vai
A alegria se foi com você
Desde o carnaval passado
Sem você.
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Desce mais um slogan!
Um slogan deve, no mínimo, cumprir a missão de dizer à que veio aquela marca.
Pra quê ela serve? O que diabos ela vende?
Mas não é só isso. Deve ser curto e direto.
Pra mim isso vai desde o tantan tantan da Intel até o Lojas Marabraz. Preço melhor, ninguém faz.
De lá pra cá da faculdade eu já criei bastantes slogans. Gosto de alguns, me orgulho de poucos mas um é realmente bom.
Fuleiramente lady.
Foi feito para uma amiga. Quem conhece sabe que essa pessoa é definida por essas duas palavras.
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Sobre o Amor
Para mim é um sentimento simples e complicado ao mesmo tempo, um paradoxo.
Qualquer post que eu tentasse, não chegaria nem aos pés desta letra:
Amor - Secos e Molhados
Leve, como leve pluma
Muito leve, leve pousa
Muito leve, leve pousa
Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma
Sombra, silêncio ou espuma
Nuvem azul
Que arrefece
Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Que em mim amadurece