terça-feira, setembro 17, 2013

Que eu daqui vou tentando cuidar de mim

Meu velho amigo, você deve estar dormindo. São 3h55 da manhã e, se bem te conheço, você não deitou faz muito tempo, se é que ainda não está acordado. Eu estou aqui escrevendo, tomando uma surra danada desse iPad. Pois é, eu continuo a mesma: sou muito mais Steve Jobs, mas prefiro usar o Windows. Escrevo, talvez, porque além de ser a coisa mais legal a fazer, é como se você estivesse aqui, fumando comigo. Continua a mesma, inclusive na covardia de pegar o celular logo ali na mesinha de centro e tentar te ligar. Hoje foi um daqueles dias bem filhas da puta, daqueles que só servem para ser esquecidos. Ah, meu velho amigo, você entenderia qualquer palavra que saísse da minha boca, acho que entenderia até as que não saíssem. Como e por que você sempre me conheceu mais do que a mim mesma? Você, que assim como eu, vive intensamente, com o desespero de que tudo acabe amanhã. Meu velho amigo, que saudade de você. Sabe, já são 4h19 e eu já fumei mais do que deveria. Você ainda fuma? Acho que sim. Amanhã vai ser um outro dia, meu velho amigo. Cuida bem de você. Que eu daqui vou tentando cuidar de mim.

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