Briguei, falei alto, bati porta,
Saí pela Ilha, vinte para meia noite,
Nada aqui, ninguém ali, vizinhança morta,
Entro no ônibus,
Medo, alívio,
Motorista, cobrador e eu,
E a imensidão da cidade maravilhosa,
Entram no ônibus,
Muito medo, nenhum alívio,
Motorista, cobrador e eu,
E a imensidão de quem não tem nada a perder,
Olho no olho,
Por que você está armada?
Isso não é arma, é um prendedor de cabelo,
Pra onde vai?
Respostas estratégias, olhar matador,
Saem do ônibus,
Quase nenhum medo, muito alívio,
Motorista, cobrador e eu,
E a imensidão de um olhar matador,
E a imensidão da cidade maravilhosa.
Ive curtiu isso!
ResponderExcluirOloko Liege, vc ficou com medo de alguns malacos que subiram no ônibus de noitão quando estava no Rio? Você me lembra minha mina, toda preconceituosa com pessoas. Negros, pobres, fodidos. Tem gente que só os consegue ver assim, eu que me considero um pobre mestiço fodido acho isso muito ruim. Cada pessoa é um universo. Dê o benefício da dúvida. Nunca se sabe quem pode lhe ensinar uma valiosa lição. Desculpe-me se fui grosseiro, tomei as dores. Mas adorei o texto bem escrito e que retrata bem o momento. eu sou um grande fã de momentos
ResponderExcluirNão fiquei com medo por serem malacos, fiquei com medo por enxergar o revolver dentre os pelos pubianos de um deles (que depois sentou ao meu lado e puxou papo) e perceber que eu estava sozinha e eles estavam em 3.
ResponderExcluirEles iam assaltar e fazer o que mais a criatividade mandasse, mas o chefão do trio desistiu e me comunicou que não iria fazer nada, pois eu tinha sido a 1ª pessoa a conversar com ele olhando nos olhos, por isso o "olhar matador". =) Valeu pelo elogio!